Hoje, 01/12, por volta das 08:00h
da manhã houve tumulto nas mediações do Anexo do Posto Estanciano entre os
taxistas da Cooperativa Coopertax e representantes dos órgãos municipais da SMTT,
Guarda Municipal e Polícia Militar que estiveram no local para se fazer cumprir
um acordo feito entre as cooperativas, Prefeitura de Estância e Ministério
Público. Os taxistas protestaram e se negaram a sair do
estacionamento do Posto – se aglomerando em cima do carro guincho -, que estava
no local para rebocar os carros dos taxistas que se negassem cumprir a
determinação judicial.
Segundo informações colhidas na
Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) o que se está buscando
é a organização do trânsito, - não só
Coopase, Coopertalse, como também, o intermunicipal – aquele que vem da região
sul para Estância, que é um polo onde essas pessoas fazem compras, vão aos
bancos, médicos –. Existe um fluxo muito grande em veículos pequenos e ônibus e
isso tem causado reclamações por parte dos feirantes e visitantes. Sobre a
forma como vem acontecendo, inclusive, dos próprios proprietários de veículos e
condutores, da falta de organização e fiscalização. Os próprios executores
destes serviços, ou seja, Cooperativas foram ao MP solicitar essa organização e
a fiscalização por parte da SMTT.
O Superintendente da SMTT, Laelson
Fraga nos informou que na verdade o próprio órgão também foi acionado via MP
(Ministério Público) para que providenciasse um projeto que melhore e torne
viável a fiscalização da SMTT. “Houve várias reuniões com as participações da SMTT,
SEINFRA (estadual) MP e todos os representantes de cooperativas e autônomos que
executam o transporte coletivo e de passageiros de táxi lotação. Fizemos mapa
da cidade, definimos os pontos, fizemos reuniões com os próprios taxistas.
Ficou fechado o seguinte plano para começar: Os taxis de outros municípios que
trazem passageiros pra cá, podem entrar na cidade e desembarcarem seus
passageiros em qualquer local, desde que, esses carros voltem para o local
determinado, no caso o Terminal Rodoviário de Estância, no Bairro Santa Cruz e
depois no tempo necessário possam buscar seus passageiros de volta”. Enfatizou
o Superintendente Laelson.
Já o Inspetor Operacional da
SMTT, Antônio Menezes, que comandava a ação no momento do tumulto foi enfático
ao dizer que o motivo pelo qual estavam no local, não foi para fazer nenhuma
tratativa com ninguém. “Vocês da imprensa são testemunhas pois participaram da
reunião que houve no Ministério Público e estão cientes que houve uma tratativa
com o promotor, depois tivemos reuniões com as cooperativas na SMTT – ficou os
prazos estabelecidos com previsão para o dia de hoje; divulgamos esses prazos e
agora pagaram para ver – acharam que o município não ia usar de seu poder de
polícia para fazer cumprir e estão querendo impor uma situação goela abaixo do
município. O que a gente está tentando fazer aqui hoje é reorganizar o trânsito
de Estância, para trazer um benefício, inclusive, para o usuário desse meio de transporte;
com maior segurança. Como também beneficiar o usuário da feira de Estância que
está sofrendo com esse tumulto – são mais de 600 viagens dentro da feira
diariamente”. Disse Toinho Menezes.
Após alguns minutos de
enfrentamento entre a Polícia Militar, SMTT e Guarda Municipal e os cooperados,
o Inspetor Antônio Menezes pediu que fosse montada uma comissão ali, no exato
momento. Acordado entre ambas as partes, ficou estabelecido que haveria uma nova
reunião com todos os interessados – dessa vez com a participação do dono do
Posto -, perante o Promotor Francisco Júnior. Se o proprietário do Posto Estanciano
autorizar que esse embarque e desembarque seja feito dentro de suas imediações;
isso vai ser feito, mas, documentado. Caso contrário, como é uma área pública,
será ajustado e tanto a Polícia quanto a SMTT vão fazer cumprir o acordado. “Hoje
eles permanecem no Posto, mas vamos conversar com o dono que vai dizer se
permite ou não que eles se estabeleçam nessa área. Alguns vereadores da Câmara
de Estância, também estão aqui para abrir essa discussão e eu estou aqui
cumprindo ordem – precisa entender que eu, a PM e a GM participamos de todo um
processo e não cabe a mim estar discutindo isso – eu sou um técnico e estou
aqui para cumprir uma determinação endossada, inclusive, pelo Ministério
Público. Então querer dizer que isso aqui não foi tratado é chamar o MP de
mentiroso; então é bom que as pessoas tenham cuidado no que falam para não
responder a algum tipo de ação por conta disso”. Concluiu o inspetor.
No local pudemos conversar também
com o GM Totonho e ouvir a opinião do senhor Ivan – um dos cooperados da
Coopertax -. O GM esclareceu que todas as vezes que há uma tentativa de pôr em
prática o projeto que visa a organização da feira livre de Estância, há essa
reação. Nós da GM e da SMTT não estamos aqui no local por uma questão de
truculência nem perseguição – foram feitos acordos na justiça, entre os
presidentes de cooperativas, o promotor público Dr. Francisco Júnior e a SMTT e estamos aqui para cumprirmos
uma determinação. Lembrou que esses taxistas não são daqui da cidade – são de
fora e estão em área particular, mas é um espaço público e o município tem
autonomia. Já o cooperado Ivan, alegou
que a Coopertax é legalizada e tem um ponto de taxi que é todo organizado e
sobre a reclamação dos feirantes com relação ao tumulto causado pelos taxistas,
Ivan disse que quem tumultua são os carros grandes. Essa ordem foi para Coopase
e não para carros pequenos, enfatizou Ivan.
Por Jussara Assunção
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