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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Taxistas se negam cumprir acordo feito perante o Ministério Público e fazem enfrentamento à SMTT



Hoje, 01/12, por volta das 08:00h da manhã houve tumulto nas mediações do Anexo do Posto Estanciano entre os taxistas da Cooperativa Coopertax e representantes dos órgãos municipais da SMTT, Guarda Municipal e Polícia Militar que estiveram no local para se fazer cumprir um acordo feito entre as cooperativas, Prefeitura de Estância e Ministério Público.   Os taxistas protestaram e se negaram a sair do estacionamento do Posto – se aglomerando em cima do carro guincho -, que estava no local para rebocar os carros dos taxistas que se negassem cumprir a determinação judicial.

Segundo informações colhidas na Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) o que se está buscando é a organização do trânsito, -  não só Coopase, Coopertalse, como também, o intermunicipal – aquele que vem da região sul para Estância, que é um polo onde essas pessoas fazem compras, vão aos bancos, médicos –. Existe um fluxo muito grande em veículos pequenos e ônibus e isso tem causado reclamações por parte dos feirantes e visitantes. Sobre a forma como vem acontecendo, inclusive, dos próprios proprietários de veículos e condutores, da falta de organização e fiscalização. Os próprios executores destes serviços, ou seja, Cooperativas foram ao MP solicitar essa organização e a fiscalização por parte da SMTT.

O Superintendente da SMTT, Laelson Fraga nos informou que na verdade o próprio órgão também foi acionado via MP (Ministério Público) para que providenciasse um projeto que melhore e torne viável a fiscalização da SMTT. “Houve várias reuniões com as participações da SMTT, SEINFRA (estadual) MP e todos os representantes de cooperativas e autônomos que executam o transporte coletivo e de passageiros de táxi lotação. Fizemos mapa da cidade, definimos os pontos, fizemos reuniões com os próprios taxistas. Ficou fechado o seguinte plano para começar: Os taxis de outros municípios que trazem passageiros pra cá, podem entrar na cidade e desembarcarem seus passageiros em qualquer local, desde que, esses carros voltem para o local determinado, no caso o Terminal Rodoviário de Estância, no Bairro Santa Cruz e depois no tempo necessário possam buscar seus passageiros de volta”. Enfatizou o Superintendente Laelson.

Já o Inspetor Operacional da SMTT, Antônio Menezes, que comandava a ação no momento do tumulto foi enfático ao dizer que o motivo pelo qual estavam no local, não foi para fazer nenhuma tratativa com ninguém. “Vocês da imprensa são testemunhas pois participaram da reunião que houve no Ministério Público e estão cientes que houve uma tratativa com o promotor, depois tivemos reuniões com as cooperativas na SMTT – ficou os prazos estabelecidos com previsão para o dia de hoje; divulgamos esses prazos e agora pagaram para ver – acharam que o município não ia usar de seu poder de polícia para fazer cumprir e estão querendo impor uma situação goela abaixo do município. O que a gente está tentando fazer aqui hoje é reorganizar o trânsito de Estância, para trazer um benefício, inclusive, para o usuário desse meio de transporte; com maior segurança. Como também beneficiar o usuário da feira de Estância que está sofrendo com esse tumulto – são mais de 600 viagens dentro da feira diariamente”.  Disse Toinho Menezes. 

Após alguns minutos de enfrentamento entre a Polícia Militar, SMTT e Guarda Municipal e os cooperados, o Inspetor Antônio Menezes pediu que fosse montada uma comissão ali, no exato momento. Acordado entre ambas as partes,  ficou estabelecido que haveria uma nova reunião com todos os interessados – dessa vez com a participação do dono do Posto -, perante o Promotor Francisco Júnior. Se o proprietário do Posto Estanciano autorizar que esse embarque e desembarque seja feito dentro de suas imediações; isso vai ser feito, mas, documentado. Caso contrário, como é uma área pública, será ajustado e tanto a Polícia quanto a SMTT vão fazer cumprir o acordado. “Hoje eles permanecem no Posto, mas vamos conversar com o dono que vai dizer se permite ou não que eles se estabeleçam nessa área. Alguns vereadores da Câmara de Estância, também estão aqui para abrir essa discussão e eu estou aqui cumprindo ordem – precisa entender que eu, a PM e a GM participamos de todo um processo e não cabe a mim estar discutindo isso – eu sou um técnico e estou aqui para cumprir uma determinação endossada, inclusive, pelo Ministério Público. Então querer dizer que isso aqui não foi tratado é chamar o MP de mentiroso; então é bom que as pessoas tenham cuidado no que falam para não responder a algum tipo de ação por conta disso”.  Concluiu o inspetor. 

No local pudemos conversar também com o GM Totonho e ouvir a opinião do senhor Ivan – um dos cooperados da Coopertax -. O GM esclareceu que todas as vezes que há uma tentativa de pôr em prática o projeto que visa a organização da feira livre de Estância, há essa reação. Nós da GM e da SMTT não estamos aqui no local por uma questão de truculência nem perseguição – foram feitos acordos na justiça, entre os presidentes de cooperativas, o promotor público Dr.  Francisco Júnior e a SMTT e estamos aqui para cumprirmos uma determinação. Lembrou que esses taxistas não são daqui da cidade – são de fora e estão em área particular, mas é um espaço público e o município tem autonomia.  Já o cooperado Ivan, alegou que a Coopertax é legalizada e tem um ponto de taxi que é todo organizado e sobre a reclamação dos feirantes com relação ao tumulto causado pelos taxistas, Ivan disse que quem tumultua são os carros grandes. Essa ordem foi para Coopase e não para carros pequenos, enfatizou Ivan.

Por Jussara Assunção



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