O jornalista Claudio Humberto, editor chefe do Diário do Poder, noticiou em sua coluna que o Deputado Federal André Moura PSC) de Sergipe, logo após a votação da Reforma da Previdência, no mês que se aproxima, estará fora, será dispensado por Temer da liderança do Governo.
Aos ouvidos do imperador Temer chegou o fuxico que André faz corpo mole no trabalho de articular a aprovação da referida Reforma, que aprovada ou não, já tá decidido, André, ra, re ri ró, rua da liderança do Planalto.
O descontentamento em um menor grau e peso, passou pelo fato de Rodrigo Maia (DEM), Presidente da Câmara Federal, ab inicio, não engolir Moura como líder do Governo e sempre chamá-lo de adjetivos os mais depreciativos. Outro fato que incomoda Brasília, é a aproximação do líder do PSC em Sergipe, se aliar de forma oficiosa ao governador Jackson Barreto e ao prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira do PC do B. Essas lideranças, como todos sabem, rezam na cartilha política do ex presidente Lula, portanto, fora do eixo de apoio da conjuntura Política Nacional, proposta, entre os partidos, que vislumbram apoiar, a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), aliadíssimo do PSB e com sustentação do PMDB, mas não o do governador de Sergipe, Jackson Barreto.
Embora ferrenhos opositores a Temer, os senadores Valadares e Amorim estão bem próximos na política Estadual e palanque Presidencial, pois o governador de São Paulo, há quatro anos, já projetava seu nome rumo ao Palácio da Alvorada, colocando como homem de sua confiança, o seu vice, o ex Deputado Federal, eleito cinco vezes pelo PSB, Márcio França, que o substituirá nos próximos nove meses de governo e será candidato a governador pelo (PSB) com o apoio dos tucanos e forte tendência de ter o PMDB fazendo parte da chapa majoritária. O adágio popular “ Cavalo celado não passa duas vezes” se aplica a oportunidade surgida.
O sonho e a única certeza dos socialistas por muitos anos, é que a sigla que teve origem na esquerda democrática em 1947, só se tornará realmente um grande partido, quando almejar e conseguir governar o Estado de São Paulo. A hora chegou e esse fato, fortalecerá e muito o PSB nos Estados, principalmente com ênfase e oxigenação aos candidatos majoritários.
Nesse imbróglio, o PSB acena por uma candidatura própria como assim o faz todo partido que se respeita e visa o poder, mas nas entrelinhas, aqui e ali, na militância, diretórios, a maioria já concorda que a moeda de troca, no aspecto político, é moral, o Governo de São Paulo, tá de bom tamanho para o fechamento de uma aliança e postergar o sonho maior, a Presidência da República, pós candidatura Alckmin.
Mas, porém, contudo, todavia, os socialistas vão continuar negando até o último minuto á realização das convenções no mês de junho do ano em curso, que o PSB terá candidatura própria, estratégia correta, para valorizar o passe e pavimentar a chegada ao Palácio dos Bandeirantes.
Nesse contexto bem maior, está de fora e não cabe, a política provinciana, sectária e circense de políticos em nosso Estado, como André Moura, Jackson Barreto e pior ainda, do PC do B de Edvaldo Nogueira, que encontrou e descobriu em Moura, seu Programa para Governar Aracaju com liberação de emendas via Temer, chega a ser cômico. Esses, vão de encontro ao projeto principal das eleições gerais da legenda socialista e da social democracia com respaldo do PMDB não Jacksista.
Faz poucos dias, de forma sábia, o Presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, publicou uma nota oficial, inclusive com correção e digna de equilíbrio, aplauso e não titubeou em reconhecer que PSB, PT e PC do B são aliados históricos, em contraponto aos ditadores que buscam sempre varrer o legado e a importância da esquerda no Brasil, Siqueira, de forma inteligente, deixou uma janela aberta para o futuro, normal, pois ideologicamente e doutrinariamente, os laços dos ideais socialistas nunca desatarão por razões circunstanciais eleitorais de uma aliança. Lembrem-se de Lula e o PR do mega empresário de direita, o saudoso, José Alencar.
O que se conclui é que, as circunstâncias da conjuntura política em nosso pais, atualmente, está madura e no ponto para propiciar um leque de alianças que excluem e vão deixar de fora e derrotados, àqueles que por vias transversas se opõem e exercem com direito e liberdade com fundamento no Estado Democrático e Direito, às mesmas e, aos objetivos traçados pelas entidades políticas, já devidamente e anteriormente aqui mencionadas. Quem viver verá.
FONTE: JPINEWS – ANTONIO BARBOSA Bacharel em Direito pela UFS
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