O Blog + Feminino da região

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

VEREADORES DE ESTÂNCIA VOTAM CONTRA O ALUGUEL SOCIAL E PODERÃO DEIXAR 27 FAMÍLIAS NA RUA



Na sessão da noite de ontem, 26, 05 parlamentares da Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Estância, votaram contra o Projeto de Lei que prorroga o Bolsa Aluguel Social que assistem nada mais nada menos, que 27 famílias carentes - algumas vítimas das enchentes e desmoronamentos que houve em 2012, por conta das fortes chuvas na cidade -. Outras viviam em condições sub-humanas na Rua Maria Santana Santos. A pedido do então prefeito de Estância, Carlos Magno Costa Garcia, a Secretária de Assistência Social, Dayse Garcia encaminhou à Procuradoria Municipal a Justificativa solicitando a prorrogação do Bolsa Aluguel Social para que essas famílias não viessem a sofrer forte impacto ao perderem os benefícios. Esse Projeto de Prorrogação foi derrubado através da Emenda proposta pelo vereador André Graça com 05 votos contra,  dos seguintes parlamentares: André Graça, proponente da emenda, Misael Dantas, Zé da Paz, Sérgio Bezerra e Júlio Camelô.

Segundo informações a não aprovação deste projeto de Lei levará ao despejo coletivo desses beneficiários a partir de janeiro de 2017. Segundo ainda, informações de assessores da Câmara Municipal, o prefeito que assumirá a Prefeitura em 2017, encaminhará um novo projeto para propor o Aluguel Social, mas o que se questiona e tem causado burburinho nos quatro cantos da cidade é se  a Câmara de Vereadores que entrará em recesso no mês de janeiro e só voltará com seus trabalhos no mês de fevereiro, tomarão que medidas para que  essas pessoas não fiquem desamparadas? Sendo que, os mesmos receberão esse auxílio até o dia 31 de dezembro. Enquanto isso, quem pagará o aluguel dessas pessoas? E como elas ficarão?

A Lei do Bolsa Aluguel Social foi criada e enviada à Câmara em 2013, sendo uma proposta da Prefeitura de Estância na gestão do prefeito Carlos Magno e da Secretária de Assistência Social, Dayse Garcia, com o objetivo inicial de beneficiar as 19 famílias do Maria Santana Santos, só que o foco da prefeitura de Estância era atender outras famílias, como por exemplo: Vítimas de calamidades públicas; desmoronamento de casas, ou de vulnerabilidade social muito grande. E acabou totalizando quase 30 famílias hoje, que são assistidas por esse Programa. 

Quando foi criado o Bolsa Aluguel Social, a Lei inicialmente disse que a disponibilidade do Aluguel era de 18 meses apenas, podendo ser prorrogado por mais 18 - sendo que esses 36 meses (03  anos) venceu no último dia 21 de outubro -, e para que essas pessoas não fossem prejudicadas a prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social solicitou que a Procuradoria elaborasse um Projeto de Lei prorrogando esse prazo por mais 12 meses, para que essas pessoas não sofressem com a quebra desse benefício.  

Procurados por nossa equipe o Secretário Adjunto de Assistência Social, Clériston Barbosa, disse que a intenção do prefeito Carlos Magno é que essas famílias viessem a receber o benefício tranquilamente até o dia 31 de dezembro e com a prorrogação do Projeto tivessem mais um período até outubro de 2017, para que então, a nova gestão pudesse tomar providências necessárias - criando novas medidas para amparar essas famílias. "Famílias essas, que dependem da Prefeitura de Estância para terem um teto, uma vida digna", enfatizou o secretário. 

Entenda um pouco sobre a Emenda proposta pelo vereador André Graça (PTC)
O Projeto foi enviado a semana passada para a Câmara e foi colocado em votação no dia de ontem, 26/10. Pelo vereador Andre Graça foi apresentada a Emenda Modificativa de nº 01/2016, onde fica alterado o caput do Art. 3º da Lei Municipal nº 1.638, de 21 de outubro de 2013, passando a vigorar com a seguinte redação: Art. 3º - O aluguel social terá duração até 31 de dezembro de 2016 e 05 vereadores votaram contra a prorrogação.

Opinião de Comentarista:
Até onde essa emenda prejudica essas famílias, já que as mesmas  só terão o benefício até dia 31 de dezembro? Provoca-se o despejo dessas quase 30 famílias a partir do dia 01 de janeiro, porque quando chegar dia 31 de dezembro essas famílias receberão o último benefício, mas a partir do dia 01 de janeiro elas não contarão mais com essa ajuda e ainda que a nova gestão queira apresentar um novo Projeto de Lei ou um novo formato, ai essas famílias já teriam perdido janeiro, onde a Câmara estará de recesso e só voltará em fevereiro. Até lá onde essas famílias vão residir? Esperar a boa vontade da nova administração, quando quiser apresentar um novo Projeto? Outra questão é a garantia de que a próxima gestão vai dar continuidade ou andamento a um novo Projeto de lei que restabeleça o novo aluguel social dessas pessoas. E se usarem a crise como motivo pra cortar de vez esse benefício? Cortar gastos e sacrificar essas famílias que dependem da prefeitura? Essa Emenda do Projeto de Lei que foi indicado pelo vereador André Graça e aprovada pelos demais parlamentares citados acima, é uma emenda que praticamente coloca as pessoas que recebem o aluguel social no olho da Rua a partir do dia 01 de janeiro. A sociedade precisa ter entendimento, de que o prefeito Carlos Magno fez a sua parte pra que esse benefício não sofresse interrupção por ser um benefício importante para essas famílias carentes. A bancada que encontra-se na Câmara e que aprovou a Emenda faz parte da coligação do prefeito eleito Gilson Andrade e está a serviço da nova gestão, que ainda nem iniciou, mas já tem sua bancada na Câmara, que por sua vez não tem entendimento que é necessário a continuidade do Programa pelo bem dessas famílias. Então essas famílias ficarão a merce da boa vontade do prefeito eleito Gilson Andrade e dos vereadores de sua bancada para encaminhar um novo Projeto para Câmara até ser aprovado ou não.

 Segue abaixo trechos da Justificativa da Secretaria de Assistência Social à Procuradoria:
* Solicitamos a Vossa Senhoria que seja elaborada uma outra Lei Municipal, visando dar continuidade às ações contidas na Lei nº 1.638/2013, que institui o Programa Bolsa Aluguel Social e dá outras providências.
* Considero que o Programa Bolsa Aluguel Social, que atualmente beneficia 27 famílias, tem colaborado com o Município de estância a prestar assistência social às famílias que foram vítimas de catástrofes naturais tais como: alagamentos, desmoronamentos, etc, ou famílias consideradas de vulnerabilidade social, seja por renda, doença ou outro motivo.
* Considerando que o Bolsa Aluguel Social é um auxílio temporário com objetivo de conceder acesso a moradia digna às famílias que não possuem condições de pagar o aluguel. Através do referido Programa o Município paga hoje, o valor de R$ 333,84 (trezentos e trinta e três reais e oitenta e quatro centavos).
*Considerando que as 27 famílias ainda encontram-se em situação de vulnerabilidade social, não possuindo imóveis próprios e/ou em condições de habitabilidade e possuem renda familiar inferior a um salário-mínimo.
* Considerando que no próximo dia 21 de outubro de 2016, encerra-se os efeitos da Lei Municipal nº 1.638/2013 e que as referidas famílias ainda necessitam do auxílio do município de Estância, a fim de continuarem residindo em ambiente seguro.
* Assim entendemos JUSTIFICADA e solicitamos em REGIME DE URGÊNCIA,  a elaboração e envio para a Câmara Municipal, de uma nova Lei que vise dar continuidade as ações da Lei Municipal nº 1.638/2013.
Estância/Se, 18 de outubro de 2016.

Por: Jussara Assunção

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

REPRESENTANTE DA PREFEITURA DE ESTÂNCIA VISITA USINA DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS EM MINAS GERAIS


A Prefeitura de Estância, visando adquirir experiências benéficas para o futuro da Gestão de Resíduos Sólidos do município, bem como, do Estado, enviou representante do DEMMA (Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de  Estância) para verificar in loco como funciona a Usina de Reciclagem de Resíduos da empresa Natureza Limpa, na cidade de Unái/ Minas Gerais. 
O convite partiu do Diretor da empresa senhor Mário Martins, que relatou que o projeto da Usina foi aprovado pelo COMDEMA.   Acompanhando o Diretor do DEMMA de Estancia, Edvaldo Ribeiro, estavam a Superintendente do IBAMA de Sergipe, senhora Vera Cardoso, o chefe do DITEC do IBAMA de Sergipe, o senhor Romeo Boto. 
Edvaldo Ribeiro relatou para nossa equipe que o dia na Usina de Reciclagem "Natureza Limpa" foi de grandes experiências positivas para o futuro da Gestão dos Resíduos Sólidos do nosso Estado e que para a cidade de Estância é de grande importância .

Por: Jussara Assunção
Reg. Nº 4840 - MTB

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Artigo: O Brasil e suas Leis Eleitorais e Conceitos Políticos contraditórios

Se formos analisar bem a história política do nosso país - em se tratando de Eleições -, da escolha dos nossos representantes, posso dizer que somos eleitores infiéis. Não digo com os políticos, não! Digo que somos infiéis com nós mesmos. O brasileiro é o único eleitor que cobra demais, mas não serve de exemplo pra ninguém - porque é um eleitor corrompido, porque é um eleitor que mesmo sendo bem informado sobre tudo que se passa no mundo político, ainda assim, erra na hora de votar e acaba cometendo o maior crime contra ele mesmo.
Vejamos exemplos como o cantor Igor Kannário, em Salvador, criticado por fazer apologia ao crime, preso por tráfico de drogas é eleito vereador com mais de 11 mil votos; o ex-prefeito de capela, Sukita, preso por lavagem de dinheiro e ainda responde processo e outros políticos que estiveram envolvidos em desvios de verbas públicas, aqueles que saquearam os cofres públicos, a empresa Petrobras e que estão ai participando da politica ativamente.

Pergunto: Como é que pode e como a Lei permite que políticos que já estão como o nome sujo - envolvidos em situações onde já rolam ações e processos judiciais anexados à provas, tenham a oportunidade de participar de pleitos eleitorais e o que é pior, se elegerem com o voto desse mesmo povo que eles saquearam?


Coisas de Brasil. Quanto mais o candidato é pilantra, quanto menos eles fazem pelo povo e tem sua conduta jogada na lama, mais são ovacionados pelo povo. O que esperar desses jovens que já crescem com esse exemplo dentro e fora de suas casas, que perdem cada vez mais os valores da ética e da moral? O que esperar desses políticos imorais e dessas leis eleitorais que são tão contraditórias?

Jussara Assunção

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ESCÂNDALO DAS SUBVENÇÕES: EM VÉSPERA DE ELEIÇÃO PROMOTOR DE JUSTIÇA FALA SOBRE O CASO “ASSOCIAÇÃO ALA JOVEM DE LAGARTO”


“Mesmo na mira do MPE o Deputado Estadual Gilson Andrade se candidata e se elege prefeito  de Estância”

Em entrevista à imprensa estanciana, o promotor de justiça da 2ª Vara Civil do Ministério Público de Lagarto, Dr. Belarmino Alves Santos Neto fala sobre o caso subvenção e a nova ação de improbidade administrativa que está sendo movida contra 04 deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, que corre sobre segredo de Justiça. Entre os deputados citados estão Gilson Andrade (PTC) Estância, que participou do pleito eleitoral e foi eleito prefeito de Estância; Mundinho da Comase (PFL ) Itabaianinha e Paulinho das Varzinhas (PTdoB). Esses últimos, já afastados de suas funções, tendo seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TER/SE).
O escândalo desta vez envolve a suposta Associação Ala Jovem do município de Lagarto, Sergipe, que é uma das 08 associações do Estado que estão sendo investigadas por práticas de desvio de verbas de subvenção.  Essa é mais uma ação, dentre tantas, movida contra os parlamentares, onde existe grande suspeita de que essas verbas foram desviadas não atendendo o objetivo social no qual elas deveriam atender.
Segundo informações do Promotor Belarmino, a justiça conseguiu detectar o desvio dos repasses que não estavam sendo utilizados da maneira como deveria, sendo assim, o Ministério Público abriu investigações sobre inquéritos civis em que foram realizados quebra de sigilo bancário, sigilo fiscal, rastreamento e toda investigação mostrou que essas verbas estavam sendo desviadas. Ou seja, essas associações tinham um endereço que não eram o endereço social para o qual ela havia sido criada. Com relação a Associação do município de Lagarto Ala Jovem, enfatizou que a Associação existia apenas de faixada e algumas verbas foram enviadas em contratos fraudulentos, outras, foram remetidas para contas bancárias de pessoas que sequer, eram da associação. Isso ocorreu em 2013, e a associação Ala Jovem recebeu 660 mil reais da Assembleia Legislativa, caso esse, que foi denunciado através da delação premiada do deputado estadual Mundinho da Comase e que envolve o deputado Gilson Andrade de Estância – que sofre mais uma ação -, desta vez, por Improbidade Administrativa e mais uma vez está na mira do MPE.
Sobre as verbas de subvenção serem destinadas para essas associações foi dito que existem requisitos para uma associação ser contemplada, seja municipal, estadual ou federal –. No caso das subvenções estaduais, essas associações precisam estar com no mínimo dois anos de existência e precisa estar autorizada por uma Lei aprovada pela própria Assembleia para que ela esteja reconhecida como entidade. No caso da Ala Jovem o Ministério Público detectou que essas verbas que foram enviadas para as associações foram destinadas meses antes das mesmas terem essa autorização legal, ou seja, as verbas foram destinadas em 2012 quando na verdade a associação só obteve autorização legal para ser reconhecida utilidade pública em maio de 2013.
Segundo ainda Dr. Belarmino houve destinação de verbas para essas associações várias vezes antes mesmo de preencher os requisitos legais para recebe-las, ou seja, a associação não era apta a receber esse repasse e funcionava como entidade fantasma. A Ala Jovem despertou desconfiança porque era uma associação nova que não tinha nenhum trabalho reconhecido na cidade de Lagarto.  Inclusive, essa Associação foi detectada pela investigação também da Procuradoria Eleitoral da República. No caso das subvenções os deputados que fizeram repasses para as associações em 2013 foram:  Mundinho da Comase, Gilson Andrade, Goretti Reis e Paulinho das Varzinhas. O Promotor explicou que esse último, inclusive, já está afastado das atividades legislativas porque responde um processo criminal na justiça e que essa é uma outra situação que não tem nada  a ver   com a ação movida pela Vara civil do município de  Lagarto.
Sobre a ligação direta, ou não, entre os dirigentes das associações e os parlamentares, o promotor nos disse que na investigação da associação Ala Jovem a ligação forte que já é evidenciada é relacionada a Augifranco e Patrik de Vasconcelos com Mundinho da Comase que foram presos juntos ano passado.  Nesta ação, os irmãos que presidia a Associação Ala Jovem, também atuam como réus e Ygor Henrique Batista de Vasconcelos, que movimentava os recursos através dos contratos firmados pela entidade com a empresa dele, - a MP10, conforme informações do promotor Belarmino Neto -. Sobre essas outras subvenções que também foram remetidas em 2013, as investigações estão sendo feitas na Procuradoria de Justiça em Aracaju.  
Quando perguntado sobre o fato de que parte desses valores foram sacados por esses quatro deputados na agência bancária dentro da própria Assembleia Legislativa, o promotor respondeu que isso foi evidenciado na quebra de sigilo bancário e o fato acontecia da seguinte forma: Essas associações recebiam esse dinheiro da subvenção e parte era gasto com cheques que eram emitidos em nome da empresa MP10 que pertencia aos próprios donos das associações, -  Augifranco e o irmão dele Igor -. E tanto a empresa quanto a conta bancária deles era no Banese agência de Lagarto o que despertou a atenção para que fosse feito uma investigação. Mesmo assim, vários desses cheques que eles receberam, de valores muito altos, em torno de 40 mil reais, foram sacados na agencia do Banese da Assembleia Legislativa.
O que levou o Ministério Público de Lagarto a mover uma nova ação nesse caso por improbidade administrativa contra esses parlamentares foi o fato dessa remessa de verba ser enviada para uma instituição que não era autorizada legalmente para recebe-la. No caso uma falha administrativa que acabou gerando essa ação. Existem outras investigações que estão sendo feitas e devem se aprofundar mais nesses caso, que na verdade é feita pela Procuradoria de Justiça que é uma investigação de outros inquéritos que não é competência da promotoria de Lagarto.
O Promotor explica que uma ação por improbidade administrativa é uma ação civil que busca uma reparação de danos. Normalmente são danos que causam erário público, que o administrador causa intencionalmente ou em alguns casos até por mera culpa – onde ele descumpre por exemplo, princípio da administração pública -. É uma ação civil, e a consequência dessa ação normalmente é a reparação do dano - no caso do dinheiro que foi desviado e gasto indevidamente -. O parlamentar também pode ter os seus direitos políticos suspensos e condenado por prazo variável a depender do tipo de condenação que é aplicada. O Ministério Público pede também uma reparação de danos morais coletivo que no caso se entende que existe, porque esse dinheiro teria que ser destinado para essas atividades sociais ( Associações, Ongs, Entidades Filantrópicas), e as consequências dessa ação são do âmbito civil. O âmbito criminal é uma realidade e outro processo; são duas esferas totalmente diferentes.
Com relação a condenação desses parlamentares e a obrigatoriedade na devolução desse dinheiro, um dos pedidos que o MP faz é o ressarcimento desse verba e pede, inclusive, a aplicação de multa e a reparação de danos morais coletivos. O Promotor relatou que processo nenhum tem prazo de conclusão. E que nesse caso é um processo que envolve várias pessoas porque foram acionados os proprietários da Associação Ala Jovem, os políticos envolvidos, a própria associação, a empresa MP10 que é apontada como participante de desvio de verbas. Enfim, é uma ação que envolve várias partes. Normalmente a tendência é que demore mais, até porque os prazos de defesa são prolongados justamente pela pluralidade de réus. O que se entende normalmente por ser um processo grande.
Sobre as penas que os deputados estaduais envolvidos no caso da Associação Ala Jovem podem sofrer, caso sejam condenados por essa ação de Improbidade Administrativa, a depender do tipo de improbidade, a própria Lei explica de maneira fácil que existem 03 tipos de penalidades: Uma penalidade mais grave, uma mediana e uma mais branda e em todas elas existem suspensão de direitos políticos, reparação de danos e multas.  Se o parlamentar ficar inelegível perde os direitos de concorrer a cargos políticos - normalmente isso é relacionado à Lei da Ficha Limpa. Já a suspensão de direitos políticos na verdade é mais profunda – o cidadão perde todos os direitos políticos: Não pode fazer concurso público, se tiver em cargo público é afastado, não pode contratar com o poder público, não pode mover ação popular. São suspensos por determinado período que a Lei e o juiz estabelece, todos os direitos políticos de qualquer cidadão que seja condenado. Na verdade esses direitos não são perdidos, são suspensos e existem outros efeitos na condenação – isso é para qualquer pessoa que responda e seja condenado numa ação de improbidade, - ressaltando que tanto a perda do cargo público quanto a suspensão dos direitos políticos só é aplicada quando for julgada a decisão. A Lei de Improbidade diz isso expressamente. A pessoa pode ser afastada do cargo por determinação judicial no decorrer do processo por uma necessidade justificada ou alguma coisa, mais a perda do cargo e a suspensão efetivas dos direitos só é aplicada depois de julgados.
No caso dessa ação contra esses 04 parlamentares sendo julgadas e condenados eles podem perder os seus direitos políticos, a depender do efeito da ação. A ação de Improbidade Administrativa movida pela 2ª vara civil do município de Lagarto pede o ressarcimento do dano e a aplicação justamente dessas medidas que são previstas na Lei de Improbidade Administrativa, nos artigos 09, 10, 11, 12 e 13 que estão sendo pleiteadas.
Desses 04 parlamentares que estão sendo citados nessa nova ação do Ministério Público, um deles é o Deputado Estadual Gilson Andrade do PTC do município de Estância. Perguntamos ao promotor Belarmino o que ocorreria com o deputado que atualmente concorre a mais um cargo público na prefeitura de Estância, caso ele venha a ser julgado e condenado. O promotor alegou que não sendo Promotor Eleitoral não pode dar essa resposta e qualquer dúvida sobre a capacidade da Justiça Eleitoral de pessoas tem que ser dirigida ao MPE. A área de atuação do promotor é em Lagarto, e diz respeito apenas às ações cíveis. “Da área civil o que posso falar é que essas pessoas que foram ouvidas, as consequências que acontecerem de cunho eleitoral poderão ser abordadas pela promotoria eleitoral competente. Com relação a ação que movemos aqui em Lagarto foram colhidas todas as provas existentes e aguardamos apenas o julgamento”, disse Dr. Belarmino.
Sobre a manifestação dos acusados -
Os acusados já ofereceram no inquérito uma defesa por escrito, porque durante o inquérito civil as pessoas envolvidas já foram intimadas pelo Ministério para apresentar a justificativa deles sobre o processo. No caso do processo em andamento e como está em segredo de justiça não pode ser relatado os fatos que estão ocorrendo no momento. O Promotor Belarmino é responsável por mover essa ação contra os parlamentares e acredita que as provas que foram induzidas pela Justiça são suficientes para comprovar o desvio de subvenção. “O MP quando move uma ação é o resultado de todo processo investigativo de provas que foram conseguidas, então, é claro que quando a gente move uma ação é porque temos certeza que existe elementos suficientes e material comprobatório para uma condenação. A tramitação ocorre em segredo de justiça, então sobre isso o MP não pode fazer nenhum pronunciamento”, concluiu o promotor.
Sobre o destino da Associação Ala Jovem:
Depois que foram movidas as ações e que foram abertos os inquéritos, a Associação foi dissolvida por iniciativa dos próprios proprietários e não existe mais legalmente.
Sobre outras ações movidas desde o início dos escândalos das subvenções e a perspectiva de punição para o deputado Gilson Andrade de Estância, o promotor preferiu não se manifestar alegando ser essas demais ações de próprio cunho eleitoral.
Fomos em busca de informações, também, sobre o depoimento na delação premiada de Mundinho da Comase (Raimundo Vieira) e os irmãos de Lagarto. E esses também  citaram o nome do Deputado Gilson Andrade entre os demais e revelaram que foi Mundinho que apresentou os deputados envolvidos a Augifranco e que em 2013 a Associação Ala jovem recebeu dos deputados, entre eles, Gilson, a quantia de 660 mil reais. Desse valor, 160 mil foi destinado à conta bancária do deputado de Estância, e demais valores foi dividido entre os outros parlamentares. Mundinho disse que 60% do dinheiro destinado para as associações retornava para os parlamentares. Em relação às outras associações Mundinho relatou aos promotores que o esquema de superfaturamento de devolução dos recursos seguia a mesma lógica – 60% do dinheiro voltava para os parlamentares. Confirmou mais uma vez que indicou os serviços de Augifranco aos deputados Paulinho das Varzinhas, Augusto Bezerra, Goretti Reis e Gilson Andrade que também teriam indicado verbas no total de 595 mil para a Associação de Proteção à Maternidade Antônio Vieira da Silva Neto.
ENTENDA UM POUCO SOBRE O QUE É DESVIO DE VERBA DE SUBVENÇÃO:
As subvenções Sociais da Alese são repasses de recursos públicos destinados à cobertura de despesas de custeio das Entidades do Terceiro Setor, de caráter governamental ou não governamental (Associações filantrópicas e entidades carentes). E esse foi um dos maiores escândalos e um dos maiores períodos de julgamentos de processos eleitorais em Sergipe, iniciado no dia 07 de abril de 2015, realizado após investigações do MPF, prestes a se encerrar com um número recorde de deputados e ex-deputados condenados por irregularidades no repasse de verbas públicas. A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) reuniu provas contundentes contra deputados e ex-deputados, supostamente envolvidos, no esquema de corrupção – que foram investigados por irregularidades no repasse e aplicação de verbas de subvenção no ano eleitoral de 2013 e 2014 e que foram destinadas pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), a entidades filantrópicas. Até o momento houve cassações, pagamento de multas e punição de inelegibilidade. (Fonte: Sinform News)
AGUARDANDO JULGAMENTO
Assim que concluímos a nossa matéria recebemos a informação através do Jornal O Dia, da capital Aracaju, uma pequena notinha constando a seguinte informação sobre o deputado estadual Gilson Andrade, eleito prefeito de Estância: Que “até o momento não havia sido julgado o processo de impugnação da candidatura de Gilson Andrade (PTC) a prefeito de Estância, por condenação de multas no caso das subvenções”.

*Antes mesmo de jogarmos essa matéria no ar procuramos todos os assessores dos Deputados aqui mencionados para darmos o direito a respostas. Com relação a deputada de Lagarto, Goretti Reis, não conseguimos entrar em contato; a assessoria do Deputado Mundinho da Comase não quis se pronunciar e o assessor jurídico do parlamentar Gilson Andrade, informou a nossa produção que não responderia a nossa matéria, pois segundo o mesmo, se trata de politicagem. Ao final de sua fala por telefone com nosso produtor Juliano Lima, o advogado Renato Silva Júnior pediu que o mesmo tomasse vergonha na cara e que não usasse a força do jornalismo para fazer política.

Jussara Assunção
Reg. Nº 4840 - MTB

O DISCURSO CRIMINOSO E DIVISIONISTA DA SUPOSTA OPOSIÇÃO

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