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sábado, 5 de novembro de 2016

Prefeito Carlos Magno fala sobre o processo eleitoral na Rede Ilha FM

“Abre seu coração e assume que fará oposição ao governo de Gilson Andrade”

Na tarde de ontem, 04, o Prefeito de Estância Carlos Magno Costa Garcia, foi entrevistado pelo radialista da Gata Amarrada Gilson Ramos, na Rede Ilha FM para falar sobre o processo eleitoral, abrir seu coração para o eleitor estanciano e aproveitando a circunstância anunciou que tanto ele, quanto seu grupo, fará oposição ao governo de Gilson Andrade durante os 04 anos, mas com responsabilidade e propositiva e não com achincalhamento, como muitos fazem, por achar que o proposito maior de todos é uma Estância melhor –. Segundo Carlos Magno foi nessa  posição que o eleitor o deixou -. Questionado sobre o que pensa sobre Gilson Andrade fazer uma boa administração ou não, o prefeito disse que diante do cenário político e econômico do país não se pode falar nada antecipadamente. Que torce para que tudo dê certo, mas sabe que a situação é de crise e complicada; a tendência é piorar a crise econômica e o que se fala, é que, só a partir do segundo semestre de 2018 as coisas vão começar a clarear – onde poderemos ver uma luz no fim do túnel e a volta do desenvolvimento –.  “Então, é difícil, mas eu torço que dê certo”, disse Carlos Magno.

Questionado, também, sobre a capacidade do futuro prefeito, Carlos Magno falou que quem ganha uma eleição é porque tem a capacidade de administrar uma cidade e é o que todos esperam dele. Sobre fazer a entrega da chave da cidade ao futuro prefeito falou que não terá nenhum problema em fazer isso.  “A ordem minha a todos os integrantes da equipe de transição é que aja transparência.  Não quero que criem nenhum problema. Queremos entregar a prefeitura de forma transparente para que dê continuidade aos trabalhos porque a prefeitura é impessoal”, enfatizou. Sobre a verba de repatriação dos quase 2,0 milhões de reais, explicou que esse é dinheiro de milionários do Brasil que é depositado em outros países sem declaração de impostos e a Receita Federal devolve para as cidades e estados. Que este será um dinheiro bem-vindo; que servirá para aliviar um pouco as dívidas, os fornecedores. Aproveitando o ensejo, disse que não existe grandes dívidas. Que essa é mais uma questão orçamentária e que um orçamento é uma peça de ficção que você projeta e que a prefeitura reduziu do ano passado para esse ano de 2016 porque houve queda de arrecadação.

Sobre a fidelidade de Filadelfo Alexandre -  Disse que não existe problema com Filadelfo e que o fato de não ter sido seu vice na campanha de 2016 não quer dizer que não votou nele – que motivos pessoais o levou a não participar do pleito eleitoral, mas confiou a prefeitura ao mesmo durante 45 dias, que se ausentou para participar da campanha eleitoral e não criar maiores problemas para a gestão. “A prefeitura para quem está de fora acha que é uma maravilha, que sobra dinheiro, mas quando chega lá que vê a realidade das despesas fixas que tem e com a queda de arrecadação dos impostos é assustador”, comentou Carlos Magno.  

Várias perguntas foram feitas ao prefeito, também, pelos internautas -  inclusive, sobre iluminação -. Em resposta o prefeito disse que a prefeitura tem feito um esforço pecúlio para atender todas as demandas da cidade. Que hoje é um tema relacionado a segurança pública.  “Queimou um dia, as pessoas já reclamam e a vida útil dessas lâmpadas é muito curta".  Mas agora a administração precisa resolver coisas pontuais e não fará licitações para deixar para o próximo governo.  Mas que tem feito um esforço muito grande para manter esse serviço. Sobre o décimo disse que os funcionários das demais secretaria já receberam parte nas datas de seus aniversários e outra parte será pago no fim de ano. Já as secretarias que são independentes, no caso da Educação e Saúde estão analisando ainda como será esse pagamento, mas que fará o possível junto a essas secretarias para pagar o décimo dos professores. Sobre possíveis dívidas da prefeitura o prefeito disse que estão fazendo o possível para zerar todas, mas não garante que resolva todas daqui pra dezembro.

Carlos Magno relatou, também, que já houve um entendimento entre o Tribunal de Contas e todas as prefeituras, sobre essa questão. Porque o Tribunal de Contas monitora as prefeituras e quando eu assumi a prefeitura de Estância estava na 26ª posição de prefeitura mais transparente, -  hoje ela é a segunda mais transparente do Estado – e isso é muito importante. Disse que existe uma lenda de que a prefeitura deve 30 milhões de reais –“isso não existe, é mentira “, concluiu Carlos Magno.  O radialista da Gata Amarrada perguntou para Carlos Magno quais foram as maiores dificuldades enfrentadas  por ele na administração e se vai deixar dinheiro em caixa – pergunta essa enviada pelo blogueiro Genilson Máximo -  a resposta do prefeito é que sua maior dificuldade para administrar foi financeira e que deixará o mesmo que o ex-prefeito Ivan Leito deixou: Dinheiro carimbado de 05 quadras de esportes para ser construída, asfalto, calçamento, e diversas obras que já estão empenhadas, então esse dinheiro é um dinheiro carimbado para que Dr. Gilson possa dar sequência às obras.

Gilson Ramos questionou sobre as pesquisas mostradas pelo Cinform e o prefeito retrucou dizendo que esse resultado foi uma aberração, uma malandragem; instrumento de manipulação – “e a primeira pesquisa, então, foi um escândalo e isso deveria acabar, ser proibido”, relatou. Assumiu que isso o prejudicou bastante. Mas que no mais, não teve nada que lhe irritasse profundamente nem tirasse sua paz durante o período eleitoral. Que rolou algumas baixarias em whatsapp e por isso mesmo nunca baixou o aplicativo e que são muitas as agressões...” É uma democratização exagerada que não tem controle e tem pessoas que não tem limites, não sabem ponderar”, disse Carlos Magno.  Elogiou a equipe da campanha sobre o empenho de todos e disse que não houve nada que o deixasse triste. “Perder e ganhar faz parte do jogo”, foi outra frase de Carlos Magno que chamou atenção em sua entrevista.

No decorrer do programa ouvintes enviaram perguntas sobre vários temas e o mesmo respondeu a todos tranquilamente:  Sobre a rescisão dos contratados que saíram no mês de outubro e novembro, a prioridade será o salário o e décimo terceiro, e aqueles que já foram empenhados já foram pagos; os que não estão empenhados dependem do fluxo de caixa ou poderão ficar para o próximo gestor.  Sobre a pintura da prefeitura, muito elogiada pelo radialista Gilson Ramos, o prefeito falou que demorou um pouco a fazer a reforma porque deu prioridade as necessidades da periferia. Quando acusado de fazer baixaria em seus comícios quando se falava em desvios de subvenção, Carlos Magno disse que seu grupo nunca fez baixaria, apenas falou a verdade. E aproveitou para perguntar ao ouvinte, se eles mentiram quando falava sobre subvenção? “Se alguém desvia verba de subvenção e tá provado na justiça e tem um processo criminal na cidade de Lagarto, com fotografia com saco de dinheiro na mão, sou eu quem está difamando? Não disse nada além do que está provado nos áudios, – portanto não difamei ninguém”.

Ao ser questionado pelo estudante de jornalismo Pisca Júnior, sobre ter mantido funcionários, aluguel de galpão e outras coisas, apesar da dificuldade financeira, o prefeito respondeu que o estudante disse tudo isso porque está no portal da transparência _  “se nós estivéssemos fazendo algo de errado essas informações não estariam  lá”. “Não estamos escondendo nada e tudo isso vai acontecer na próxima gestão: Vai ter que contratar pessoas, vai ter que alugar galpão, enfim, são perguntas soltas que breve o tempo responderá”, salientou o prefeito. 

Carlos Magno também foi contundente ao dizer que quem carregou com ele o projeto nas costas ficará até o final - “sairemos juntos”. Com relação a ser candidato a deputado estadual, que tá muito longe para se falar em candidatura – irá deixar as coisas acontecerem naturalmente -. Irá esperar os acontecimentos de 2017 e o que vem em 2018.  Que as eleições de 2018 vai depender muito do ambiente e do momento, para decidir se é candidato ou não.  Sobre continuar clinicando, respondeu que sim, que não deixa a profissão. Que perdeu a eleição no domingo, na segunda foi dar entrevista na Mar Azul e na terça- feira já estava operando normalmente. Que tocar viola de boca é fácil ou se eleger depois de encontrar obras feitas, também é fácil; que o fato de ter perdido as eleições não faz de ninguém culpado, foi um conjunto de coisas que aconteceram.

Para finalizar a entrevista Carlos Magno disse que entrega a prefeitura com a consciência absolutamente tranquila e irá inaugurar muitas obras e ações entre novembro e dezembro – será prefeito até o dia 31 de dezembro de 2016, e não abre mão disso. Ao ser interpelado para dar uma nota ao seu próprio governo falou que daria nota 8,0. Com relação a pergunta dos Agentes de trânsito sobre a apreciação do plano de cargos de salário dos agentes de trânsito da SMTT, não vai fazer nada que possa aumentar despesas e deixará isso para seu sucessor.  Disse que torce para que a nova Câmara seja melhor do que foi para ele que tenham mais compromisso com a administração, que possa apoiar o que é certo. “Ter uma bancada não significa dizer que tem que votar contra ou favor – temos que votar no que é certo, em cima de critérios”. “São quatro vereadores na bancada da oposição. A maioria da situação.  É difícil pra minoria porque eles vão se sentir desprestigiado, mas o gostoso é trabalhar no aperto.

Segundo Carlos Magno a cidade de Estância desenvolveu bastante, que ao se candidatar encontrou a cidade de Estância completamente atoa e quando saiu da prefeitura há 30 anos atrás, deixou muitas coisas prontas, mas de lá pra cá, os governos que passaram não acrescentaram muita coisa e ao  retornar fez uma revolução na cidade e a intenção do programa de governo era avançar ainda mais.  Mas que a crise atrapalhou tudo. Que as pessoas ao retornarem a Estância já percebem que a cidade ficou mais bonita, mais organizada, a periferia ficou mais humana. Sobre as praias disse que o pessoal tem razão em ficar chateado, mas nas praias existem dois problemas: Um foi da reforma da orla do Abais que existe um projeto, mas foram impedidos de fazer por conta de duas ações judiciais proibindo qualquer construção na praia do Abais . Já no Saco, tínhamos um projeto pronto e lindo, onde o Banco Mundial já tinha colocado dinheiro, recursos junto ao governo do Estado para fazermos  a obra e uma decisão judicial de um  Juiz Federal aqui de Estância,  proibiu que fosse feita qualquer intervenção na praia do Saco, inclusive, saiu uma decisão para que ele mandasse demolir 349 casas e caso não fizesse  receberia multa diária de pessoa física de 50 mil reais. Que Foi uma fase difícil para a prefeitura contornar e conseguiram fazer com que não derrubassem casa nenhuma.  O projeto está lindo demais, o governo autorizou que fosse feito, mas infelizmente não se pode fazer nada. A intenção era deixar a região das praias uma coisa espetacular. Inclusive a prefeitura arcou com o projeto e foi caro.  

Com relação à mureta da  Cidade Nova - não conseguiu derrubar a mureta, mas a prefeitura conseguiu humanizar a entrada do Bairro e agilizar para que os ônibus da Coopertalse fizessem o retorno e entrasse até a praça principal e entrasse  na Rua Osório Ramos  para pegar passageiros e a grande obra da Praça da entrada que será inaugurada no dia 22 de dezembro que humanizou bastante a entrada do bairro. Conseguimos não derrubar a mureta em si, mas a funcionalidade que era algo que incomodava bastante os moradores da Cidade Nova a prefeitura resolveu e agora os passageiros da Cidade Nova não precisam  atravessar a pista e passar por cima da mureta. Agora os ônibus deixam eles dentro do Bairro.  

Sobre o atraso do dinheiro dos professores -  O dinheiro do FUNDEB hoje não financia mais a Educação – há alguns anos atrás a classe pegou o aval do Conselheiro do Tribunal de Contas, Dr. Clóvis Barbosa, querendo que todo dinheiro do FUNDEB fosse para pagar professores – “isso não existe” comentou. A ideia inicial era 60% para pagar professor e 40% para manutenção da escola. Conseguiram até aumentar isso e agora eles querem 100% para pagar professores, deixando de lado a manutenção da escola,  a merenda escolar, o transporte escolar.  Com o dinheiro do município não tem condições de fazer. Ou o prefeito investe só em educação e Saúde e não faz mais nada dentro do município ou então nenhum prefeito que entre agora a partir de 2017 vai conseguir pagar em dia professores. Sobre ser prefeito de novo, falou que queria terminar o projeto que começou há 30 anos atrás. Sobre tentar novamente disse que o futuro a Deus pertence, são 04 anos à frente, ninguém sabe se estará vivo daqui pra lá. É uma questão de momento, de circunstância – é uma honra ser prefeito de Estância – quem não gostaria? Perguntou! Sobre a ofensa feita por determinado vereador chamando-o de Pombo Sujo, Carlos Magno falou que não ficou magoado, mas essa mesma  pessoa além de não ter sido eleito, está respondendo judicialmente e haverá uma nova audiência no início de dezembro.

Fez seus agradecimentos a todos que foram às Ruas, que acreditaram no seu projeto, foram aos comícios, pisadinhas, caminhadas... Disse que foi uma campanha bonita na qual não gastaram nada, cada um arcou com suas despesas. Que a administração não acabou, e que haverá algumas inaugurações dentro da cidade até o dia 31: Entrega de certificados de cursos de informática em 03 Colônias, inauguração das redes de abastecimentos de água em vários povoados, inauguração da entrada da Cidade Nova; calçamento da Rua F da Rua Camilo Calazans e asfaltamento das Ruas, e no dia 28 encerra-se as inaugurações com a inauguração da Creche e da Cozinha Comunitária na Cidade Nova. Irá deixar 05 quadras de esportes, as unidades básicas de saúde que estão pela metade, dos calçamentos, do asfalto que está vindo ai e uma série de coisas que foram conseguidas no seu Governo. Que irá concluir seu mandato deixando as Ruas limpas, com a responsabilidade que deve ter uma gestão, porque ama essa cidade que é muito linda.  Concluiu dizendo: “Amo demais a cidade de Estância e me entreguei de corpo e alma. Sobre minha situação financeira, nem carro tenho, só cheque especial todos estourados – cansei de tirar do meu próprio bolso para mandar consertar carros com peças quebradas para que a gestão não parasse.  Não me arrependo de nada do que fiz e minha família já se acostumou porque sabe que essa é minha vontade, me realizo com isso. 

Jussara Assunção

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