No mesmo dia, o jornalista Pablo Reis, utilizou as redes sociais para prestar apoio à "luta" dos comerciantes. Em seu perfil oficial do Facebook, o blogueiro postou uma imagem da revogação de licença dos permissionários do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho, por parte da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).
Confira a postagem
"Essa é a revogação de licença dos permissionários do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho. Para quem não conhece Salvador, sempre foi a nau dos insensatos, o reduto do fim de festa dos boêmios, a nave louca das madrugadas insones na capital da Bahia. Nunca recebeu muita atenção do poder público, além do básico. Às vezes, este básico se confundia com sujeira e insegurança.
Mesmo assim, o Mercado do Peixe e sua aura foram mantidos durante décadas pelo esforço - meio amador, meio estrambelhado - dos comerciantes e pelo fascínio - meio intelectual, meio de esquerda - dos frequentadores.
Agora, a prefeitura anuncia um novo projeto para o local, chamado de requalificação. A estrutura, reformada em 2010, será demolida: boxes darão lugar a quiosques, em um custo anunciado em R$ 70 milhões pelo poder público.
As licenças foram - de acordo com o Diário Oficial do Município de 6 de abril - "suspensas temporariamente" em 31/12/2014 e revogadas inteiramente em 1°/04/2015. Agora, os donos de boxes - muitos sustentaram famílias nos últimos 20 anos vendendo rabada, dobradinha ou moqueca no local - denunciam que as novas licenças serão emitidas para donos de franquias, restaurantes famosos da cidade ou afins. Os amigos dos amigos dos poderosos de sempre.
Aos antigos comerciantes, a prefeitura, caridosa, anuncia que serão disponibilizados boxes em outros mercados da cidade. Por que será que eles precisam sair do Mercado do Peixe justamente na hora em que ele ficará "arquitetonicamente moderno", salubre, atraente, turístico, enfim?"
"Essa é a revogação de licença dos permissionários do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho. Para quem não conhece Salvador, sempre foi a nau dos insensatos, o reduto do fim de festa dos boêmios, a nave louca das madrugadas insones na capital da Bahia. Nunca recebeu muita atenção do poder público, além do básico. Às vezes, este básico se confundia com sujeira e insegurança.
Mesmo assim, o Mercado do Peixe e sua aura foram mantidos durante décadas pelo esforço - meio amador, meio estrambelhado - dos comerciantes e pelo fascínio - meio intelectual, meio de esquerda - dos frequentadores.
Agora, a prefeitura anuncia um novo projeto para o local, chamado de requalificação. A estrutura, reformada em 2010, será demolida: boxes darão lugar a quiosques, em um custo anunciado em R$ 70 milhões pelo poder público.
As licenças foram - de acordo com o Diário Oficial do Município de 6 de abril - "suspensas temporariamente" em 31/12/2014 e revogadas inteiramente em 1°/04/2015. Agora, os donos de boxes - muitos sustentaram famílias nos últimos 20 anos vendendo rabada, dobradinha ou moqueca no local - denunciam que as novas licenças serão emitidas para donos de franquias, restaurantes famosos da cidade ou afins. Os amigos dos amigos dos poderosos de sempre.
Aos antigos comerciantes, a prefeitura, caridosa, anuncia que serão disponibilizados boxes em outros mercados da cidade. Por que será que eles precisam sair do Mercado do Peixe justamente na hora em que ele ficará "arquitetonicamente moderno", salubre, atraente, turístico, enfim?"
*Matéria publicada originalmente no dia 21/07/2015
Fonte: Visite a Bahia
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