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terça-feira, 13 de agosto de 2019

Em breve, o Estado de Sergipe terá novos donos!

Desde os primórdios da era republicana, o Nordeste e a maioria dos entes federativos se viam envoltos a alternâncias de lideranças políticas no poder que remetiam a meras lutas de famílias ricas e abastadas por novos espaços de poder. Assim, pouco se viu ou se esperava dos diferentes gestores, que ocupavam o governo, que quase sempre representavam classes ricas e para estas governavam, ora do latifúndio, ora para os empresários, mas nunca para o povo.
No ano de 2002, depois de um longo período de obviedades onde existiam meras trocas de poder entre duas famílias no Estado de Sergipe, os Alves e os Francos, que trocaram as chaves por 16 (dezesseis) anos do Palácio Olímpio Campos, finalmente se viu ocupado o poder por uma distinta agremiação política, que engajada no discurso democrático e republicano, capitaneado pelo falecido ex-Governador Marcelo Déda, anunciou a ruptura com o modelo feudal e medievo da “mesmice e velha política”.
Ocorre que hoje, passados 13 anos da chegada da esquerda ao poder, não há o que se comemorar, nada mudou e a quem diga que piorou e muito, o Estado de Sergipe vive real situação de calamidade pública, salários atrasados, calotes ao empresariado, desemprego recorde, obras paralisadas, saúde pública convalescente entre outras mazelas, cenário remete a pergunta óbvia, o que teria dado errado no projeto da esquerda, onde estaria a aclamada e bem-sucedida gestão da prefeitura de Aracaju (1996 -2002) que serviu de esperança a outros rumos.
Ao que tudo indica, a esquerda sergipana parece ter se tornado algoz do que antes combatia com voz altiva e “caiu na mesmice”, vítima do seu próprio discurso, viu suas principais siglas, PC do B, PMDB e PT, associarem-se a um modelo de perpetuação no poder e abandonarem a cartilha que os levou a condição de escolhidos pelo povo passando a agir como se dono destes fossem.
Infelizmente, a gestão da esquerda da máquina estadual não trouxe nada de novo para Sergipe, senão ocupar-se em permanecer no poder, nada se ouviu ou ouve no que diz respeito a desenvolvimento, planejamento ou futuro, não há projeto, pior que isso, a máquina publicitária destes nas últimas eleições foi certeira ao afirmar que “chegou para resolver”, sem espertamente revelar quem deu causa ao problema. Do contrário, os únicos esforços do grupo são de costuras políticas de aliados e opositores a cadeiras municipais, absolutamente nada é feito para dar um novo rumo e melhorar a condição de vida da população, senão os “três t” tapear, trapacear e tergiversar.
Assim, fomentar o pensamento de nomes como Eliana Aquino, Rogério Carvalho e Edvaldo Nogueira como pretensos candidatos ao Governo Estadual em 2022 e utilizar a “energia vital” da máquina pública para isso é prova inconteste de que se sentem detentores da escritura de Sergipe, os “novos donos do território sergipano”, a terra que foi de Albano e João já pode ser chamada de terra de Déda e de Jackson.
Se isso se concretizar, teremos duas décadas de um mesmo grupo no poder, algo nitidamente antidemocrático, próprio de regimes déspotas e tiranos, o velho poder pelo poder e apesar da chancela das urnas, como álibi, esta foi mantida pelos velhos abusos de quem os ocupa. Seria simplório e arrogante culpar o povo, que apesar de mandatário originário, há muito tempo não é declarado e se sente dono do que é seu por direito, ao contrário, inconsciente, moribundo e marginalizado, sem acesso ao mínimo constitucional, da moradia, saúde, emprego e educação, ao que tudo indica não terá força para reagir a fome insaciável de seus senhores e crer em novas esperanças.
Pouco antes da conclusão dessa matéria passei e vi com os próprios olhos, servidores públicos em manifestação grevista em frente ao Palácio do Governo Adélia Franco, situado na avenida Hermes Fontes – Aracaju, com as seguintes palavras de ordem ” Governador cadê você, que diz ter vindo pra resolver.”
FONTE JPINEWS
Antonio Barbosa

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